2015, o ano da virada ou…
2015, o ano da virada ou…
Preparando-se para concursos
Em 2005 eu descobri que o melhor emprego ruim é o emprego público; você pode até não ganhar bem (às vezes), mas todo mês o salário está na conta e ninguém lhe manda embora.
Eu andava meio cansado desse negócio de ter que matar um leão por dia e decidi “começar de novo”. Havia acabado de completar 40 aC (não é antes de Cristo nem corrente alternada, é antes dos Cem!) quando resolvi dar duas guinadas na minha vida. Fiz um verdadeiro cavalo de pau; voltei pra faculdade (que tinha ficado parada lá em 76) e passei num concurso público. Fiz um up grade na vida profissional.
Conto esta historinha porque ela pode servir de incentivo para muita gente que anda meio borocoxô e precisando de um “gás” (acho que vou começar a escrever livros de autoajuda kkkkk).
Recentemente soube que um empresário do ramo e (ex) dono de uma oficina conhecida do Rio de Janeiro teve a mesma ideia e acabou de entrar por concurso público para o CEFET.
Isso não invalida que você continue consertando televisores e outras bugigangas (e fazendo os cursos do Fernando!), só que você não vai mais precisar correr atrás dos clientes, eles é que irão correr atrás de você.
Tem também a turma que fez escola técnica e anda procurando um “porto seguro”.
Pensando nisso resolvi dar uma força para quem acha que enquanto há vida há esperança e assim, começar a publicar algumas matérias sobre questões de eletricidade e eletrônica que caem nos concursos públicos para dar mais uma ajudinha e poder ver que é possível.
Não será apenas mostrar a questão e dar a resposta e sim analisar os fundamentos, os conceitos e aí sim chegar à reposta (como eu sempre procuro fazer em tudo que escrevo).
Não vale apenas para quem quer fazer concurso, servirá de aprendizado e reciclagem para todo mundo do ramo.
Vou pegar aleatoriamente algumas questões interessantes e analisar cada detalhe.
Então mãos a obra!
Olha só estas duas questões que caíram na prova para técnico de laboratório de eletrônica do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí em 2012.
Muito fácil.
Como a corrente no circuito não pode ultrapassar 3,0A, senão o fusível queima então aplicando a segunda Lei de Ohm descobre-se que a resistência TOTAL do circuito tem que ser no mínimo 12/3 = 4 W.
Precisamos saber qual o valor da resistência oferecida pela lâmpada quando ligada em 12V (a resistência a frio é maior, isto ser for medida com o ohmímetro).
Se a potência da lâmpada é 6,0W então sua resistência pode ser calculada por P = E2/R(lâmpada) logo 6 = 122/ R(lâmpada) ou R(lâmpada) = 144/6 = 26 W. (E2 na verdade é E ao quadrado)
Foi observado que o símbolo de resistência (ômega) apareceu como W. Talvez esta “mudança” esteja relacionada ao navegador de Internet. Recomendo usar o Google Chrome.
Agora sabemos que a R da lâmpada é de 26 W e que em paralelo com a R desconhecida deve dar 4 W.
O valor de duas resistências em paralelo (que no caso deve ser menor que 26 W) é dado pela divisão do produto das resistências pela soma delas ou 4 = (26 x R)/ (26 + R).
Agora temos que fazer algumas arrumações algébricas e chegaremos em 22 x R = 104 ou R aproximadamente igual a 4,7 W. Olhando as opções de resposta temos:
(A) 4,0 W (B) 4,8 W (C) 5,8 W (D) 6,8 W (E) 8,2 W
portanto a resposta correta é a letra B.
Na verdade esta é uma questão típica de Física do Ensino Médio, mas que deve ser conhecida de um “Técnico” em eletrônica.
Se você teve alguma dúvida sugiro a leitura do meu post Como simular uma carga para testar uma fonte que pode ajudar ou mande e-mail pedindo ajuda.
Vamos ver agora à questão 35, esta sim de eletrônica digital básica.
Eu tratei deste assunto aqui no blog num série de posts que fiz sobre eletrônica digital.
Vejamos as opções A e C. Elas são portas inversoras, pois se interligamos todas as entradas de uma porta NAND ou NOR elas se comportarão como portas inversoras.
Agora resta analisar as outras três opções e para isso vamos recorrer às tabelas verdade das portas NAND e NOR.
Tabelas verdade das portas NAND e NOR
A opção B é uma porta NAND com uma entrada “amarrada” ao Vcc, portanto sempre em “1”. Logo a outra entrada pode receber 1 ou 0. Agora acompanhe na tabela. Se a entrada que esta “solta” receber 1 as duas entradas ficaram com 1 e a saída será 0, logo haverá inversão. Suponha agora que a entrada “solta” recebe 0 como a outra entrada está sempre em 1 a saída será 1, portanto também houve inversão. Opção B descartada.
Vamos verificar a opção D em que temos uma porta NOR com uma entrada sempre “amarrada” ao zero (terra).
Acompanhe na tabela e você verá que também haverá inversão.
Sobrou a opção E em que temos uma porta NOR com uma entrada “amarrada” em 1.
Veja a tabela. Se a outra entrada receber 1 sairá 0, portanto houve inversão. Mas, sempre tem um “mas”, se a outra entrada receber 0 sairá 0 logo não haverá inversão.
Opção correta, letra E.
Ano que vem (daqui a pouco) vou tentar colocar um post toda a semana analisando outras questões de concursos.
E agora é hora de estourar o “espumante” e até 2015, ou melhor,
até sempre.
4 Comentários