Como se tornar um técnico de manutenção em eletrônica

Há muito tempo venho pensando em escrever sobre este tema porque é uma pergunta que me fazem sempre, mas vou adiando a ideia para frente porque outras aparecem e “furam a fila”.

Hoje mais uma vez um leitor do blog colocou esta pergunta nos comentários e eu disse: chega de enrolar!

A resposta, no meu ponto de vista, para tentar mostrar o caminho a percorrer para quem deseja se tornar um técnico de manutenção em eletrônica não é tão simples como eu disse ao leitor nos comentários e por isso, nasceu este post.

Se você pensa que vai “aprender” a reparar aparelhos eletrônicos fazendo engenharia ou um curso técnico eu digo, sem medo de errar, que não.

Por outro lado, fazer o curso técnico é fundamental. É o chamado “mal necessário” e, já já, vou tentar explicar porque.

Qualquer que seja a atividade a qual queiramos nos dedicar, seja plantar batatas ou consertar computadores, é preciso que saibamos um pouco, pelo menos, da teoria sobre batatas ou dos computadores, embora você possa seguir o método da tentativa e erro que, geralmente, leva a novos erros após cada tentativa até você, talvez, desistir de ser um plantador de batatas ou consertador de computadores.

Gosto muito de citar uma frase do físico e matemático escocês James MAXWELL (1831/1854) que diz “nada é mais prático de que uma boa teoria” e discordo frontalmente de quem diz que “na prática a teoria é outra” (isto falando de ciência, em política é outra mesmo) ou de quem acha que o que importa é a prática e teoria não serve para nada.

Teoria e prática, seja em qualquer atividade humana, são irmãs siamesas. Uma não vive sem a outra.

Entretanto, apenas o curso técnico não será suficiente para se tornar um técnico de manutenção como eu já disse lá atrás.

Eu diria que o curso técnico poderia ser (quase) suficiente para você se tornar um projetista, mas não um reparador.

Gosto de usar uma metáfora para “demonstrar” esta minha “teoria/prática”.

O que é mais difícil: Cometer um crime ou descobrir quem o cometeu?

Acho que você irá concordar que cometer o crime é, quase sempre, mais fácil.

Pois é. O projetista é o “criminoso” e o técnico de manutenção é o “investigador”.

O criminoso (projetista) “só tem prática”, mas o investigador (reparador) precisa ter teoria e saber aliá-la à prática e esta é a parte mais difícil da formação do investigador/reparador e aproveito para voltar a dizer que você não a aprenderá nos bancos escolares, o que parece paradoxal, e é por isso que eu disse que o curso técnico é “um mal necessário”.

Três razões básicas, a meu ver, podem ser apontadas para justificar minha “teoria/prática” de que você não será capacitado a se tornar técnico de manutenção num curso técnico.

A primeira delas é que temos, pelo menos no Brasil, muitos professores profissionais e poucos profissionais professores. Há exceções é claro e por isso, eu não disse que não temos nenhum e sim, poucos.

O segundo ponto, e este me parece o mais complicado de resolver, é que a diversidade de equipamentos eletrônicos é tão grande hoje em dia que você terá que buscar uma área de atuação. Não dá mais para ser “clinico geral de manutenção”.

Uma vez escolhida a área de atuação seja ela, por amor ou por dinheiro” você terá que começar a praticar. Só se aprende definitivamente a dirigir dirigindo, mas tem-se que passar pela autoescola. Não tem jeito.

Há ainda uma terceira condição que eu coloco tão obrigatória para se tornar um bom técnico de manutenção quanto ao estudo teórico e que é menosprezada e talvez até rejeitada pelos aspirantes a reparadores.

Sabe qual é?  Saber inglês. Isso mesmo é tão ou mais importante, usando um certo exagero, saber inglês quanto a Lei de Ohm.

Você não vai encontrar datasheets nem, tão pouco, manuais de serviço em português.

Se está querendo me dizer que dá para resolver com o Google translator, eu lhe garanto que na maioria das vezes a tradução para o português pode ficar tão incompreensível quanto o texto original em inglês.

Como eu me tornei técnico de reparação

Eu tive a sorte de começar a estudar eletrônica quando ela ainda engatinhava e fui crescendo junto com ela.

Meu primeiro curso formal foi por correspondência (que hoje atende pelo pomposo nome de EAD) lá em 1963 pelo Instituto Monitor enquanto eu terminava o Científico (hoje o Ensino Médio piorado). Na verdade, não era um curso de eletrônica propriamente dito e sim de “conserto e montagem de rádios”, porque naquela época, aqui no Brasil, eletrônica resumia-se a rádios e, diga-se de passagem, valvulados.

Achei que isso era pouco para mim e fui fazer um curso técnico e ao mesmo tempo eu ia lendo revistas técnicas e livros, muitos em inglês ou espanhol (ainda bem que não existia o Google translator). Era ousado, me metia a consertar os rádios que apareciam pela frente e confesso que quebrei alguns porque, muitas vezes, ia pela tentativa e erro o que eu não recomendo a ninguém.

Mas ninguém me dizia que primeiro é preciso saber como as coisas funcionam para depois tentar consertá-las.

Descobri isto sozinho e estou entregando o ouro a você agora.

Antes de sair futucando, olhe, analise, pense. Procure a teoria, depois mexa.

Ler artigos sobre manutenção na saudosa Revista Antenna me ajudou muito e mais tarde, já nos anos 90, eu assinava uma revista americana, que já não existe mais, chamada Electronic & Servicing Magazine. Bebia na fonte daqueles que estavam sempre na nossa frente em seus artigos que não diziam apenas “troque o capacitor ou resistor tal” e sim como chegaram a ele após uma análise do circuito fundamentada nos conceitos básicos da eletricidade e da eletrônica.

Aprendi a reparar vídeo cassetes na década de 80 trabalhando como free lancer na oficina de um amigo lendo os manuais de serviço da Panasonic e da JVC (em inglês) que eram verdadeiros livros. Naquele tempo (desculpem-me o saudosismo) os fabricantes ainda eram sérios, a globalização ainda não tinha dominado o mundo, e os manuais não eram meros esquemas como hoje que, quando muito, se consegue.

A caminhada foi longa e sinto dizer a quem esteja chegando agora que vai encontrar mais pedras no caminho do que eu encontrei, apesar do Metrô e do Google, mas se você tem paixão por fazer um aparelho voltar a funcionar, como eu tinha e tenho até hoje, não desista.

Clube Aprenda Eletrônica com Paulo Brites

Ano que vem, 2018, eu completo 50 anos de formado como técnico e desde de 2015 estou aposentado pelo Estado (melhor dizendo desempregado) compulsoriamente.

No final de 2013 coloquei no ar este blog com a intenção de escrever minhas andanças na área de eletrônica e passar aos interessados as minhas experiências e as minhas conclusões com a intenção de ajudar a quem está na luta e procurando um lugar ao sol. Ao mesmo tempo o blog teria uma função terapêutica (cabeça parada e o foi oficina do coisa ruim) e funcionaria como um plano B complementando a aposentadoria que ano após iria diminuir.

Hoje, três anos depois, o blog já está próximo de 800 mil visitas o que para mim é muito gratificante considerando que ele não trata de “amenidades”.

Incentivado por amigos e leitores resolvi desenvolver um projeto online de aulas de eletrônica básica onde pretendo, aliar na medida, do possível, a indispensável teoria com a prática necessária para a reparação de equipamentos eletrônicos.

Não serão aulas do tipo “troque isso ou aquilo que funciona”, porque os que me seguem sabem que não sou adepto desta linha.

Se soubermos os “porquês”, cedo ou tarde, descobriremos o problema.

Não chamo de curso, embora o formato seja de curso, seguindo a lógica do que é preciso aprender antes para entender o que vem depois. Prefiro chamar de Clube, com quatro aulas por mês que irão avançando gradativamente, até quando eu não sei. Talvez até em quanto eu estiver vivo, o que espero sinceramente que seja por muito tempo e torço que você deseje o mesmo!

Se você quiser fazer uma “degustação” GRÁTIS do projeto (se ainda não o fez) clique no link que aparece no topo da página.

Na primeira semana de novembro, espero, a área VIP estará no ar e aí vai funcionar assim: você paga uma mensalidade R$ 19,90 por mês e passa a ter acesso a quatro aulas por mês com direito a colocar suas dúvidas nos comentários as quais serão respondidas por mim e, quem sabe, pode até virar uma aula extra.

Como pagar?

Com cartão ou boleto, você escolhe. Não existe plano de fidelidade, quando quiser sair é só pedir e continuamos amigos.

Esta foi uma das fórmulas que eu encontrei de ajudar honestamente as pessoas que querem aprender eletrônica de verdade e transformar o Plano B (complemento de renda), que era o blog, em Plano A.

O último recado

Se você pretende ser bom no que faz o primeiro passo é ter paixão pelo que pretende fazer. O dinheiro tem que ser consequência, jamais pode ser causa e o sucesso só bem antes do trabalho no dicionário, já dizia Einstein.

Até sempre!

5/5 - (1 voto)

Paulo Brites

Técnico em eletrônica formado em 1968 pela Escola Técnica de Ciências Eletrônicas, professor de matemática formado pela UFF/CEDERJ com especialização em física. Atualmente aposentado atuando como técnico free lance em restauração de aparelhos antigos, escrevendo e-books e artigos técnicos e dando aula particular de matemática e física.

Website: http://paulobrites.com.br

26 Comentários

  1. Sebastião Pedro da Silva

    No boleto não está saido o meu endereço eu comprei dois apostila de treinamento em televisores Philips linha “PT” e testando Componentes Eletrônicos Problemas & Soluções Vol 1, o meu endereço é Passeio Imperatriz 204 na cidade de Ilha Solteira, SP, o CEP é 15385000, já foram pagos os boletos…

    • Paulo Brites

      Vou leh responder por email

  2. Joel Gomes da Costa

    Boa tarde…me esclareça uma dúvida , qual a importância de aprender a montar projetos na protoboard afim de aprender a consertar eletrônicos quebrados, como TV`s, video-games etc..a gente sempre vê as imagens das placas dos próprios aparelhos nos ensinos, nunca pensei que teria que mexer com essas boards para aprender.

    • Paulo Brites

      Pergunta que merece uma resposta longa, mas vou tentar simplificar.
      Talvez pudessemos fazer uma comparação “um pouco forte”, perguntando – Qual a importância de aprender a “taboada” pra fazer contas se hoje temos calculadoras nos celulares?
      O processado de aprendizado de qualquer coisa, até mesmo uma lingua estrangeira, por exemplo, exige que pratiquemos. Aprendi muito inglês, espanhol e francês, ouvindo música e assistindo filmes, além dos cursos.Os cursos me deram base, mas não foi suficiente.Por isso, muita gente entra nos cursos e não aprende. Acha que assistir as aulinhas é o bastante. Ledo engano tem que treinar o ouvido e se possivel a lingua.
      Quando eu comecei em eletrônica, lá pelo longinquos anos 60, não existiam protoboards, nem circuito impresso. Montava-se circuitos usando pontes de terminais. E para que montá-los? Agora começo a responder mais ibjetivamente sua dúvida. Para treinar a leitura de esquema, para aprender a soldar, para fazer as medições, para ver se funcionava. E quando não funciomava? Meu saudoso e inesquecível professor de eletronica do 2 ano do curso técnico dizia: – que bom que não funcionou, assim você vai ter que estudar mais e vai aprender mais. Nunca esqueci esta lição.
      Está começando a entender onde quero chegar? Tudo, na vida, precisa combinar a teoria com a prática. Alguns negacionaistas (tá moda) dizem que “na prática a teoria é outra”. Não é não. Se a prática não comprova a teoria, uma de duas – ou a teoria está errada ou a prática está errada. Nada é mais prático que uma boa teoria, já dizia James Watts. Hoje existem labs virtuiais onde se podem fazer experimentos sem usar componentes de verdade. Não gosto deles. Os componentes virtuais são “perfeitos” os da vida real não. Já pensou a aprender a andar de bicicleta sem levar tombos, só olhando vídeos?
      Respondi?

  3. chagas

    quero saber seu zap e possivel

    • Paulo Brites

      Eu não whatspp.Pode mandar e-mail que eu respondo.

  4. Saul Lopes

    Boa noite colega , se me permite que assim fale.

    Conheci hoje o seu blog e a sua pagina e acredite que fiquei perplexo com com a excelente qualidade dos seus artigos.
    Sou também da área da Electrónica “desde menino ” por vocação e paixão e tal como o meu amigo ao fim de cerca de 40 anos de trabalho na área de reparação e formação numa dos maiores fabricantes de Electrónica
    do Mundo e estou agora a iniciar a fase da aposentação. ( não para parar mas sim para abrandar )
    Gostaria de lhe dar os parabéns pelos artigos ,sugestões e recomendações que faz aos que se pretendem iniciar nesta difícil área de trabalho .

    Boa noite
    Saul Lopes

    • Paulo Brites

      Muito obrigado Saul Costumo dizer que não vim ao mundo a passeio e tenho o dever com a vida de passar as pessoas aquilo que aprendi e ainda continuou aprendendo.
      Abraços

  5. Wallace

    Primeiramente parabéns pela iniciativa. O Brasil mais que tudo precisa disso… conhecimento..a busca e a replicação ..E mais importante realmente a paixão move fronteiras…. e a educação (ensino/aprendizado) mais ainda

    Em relação quando o Sr cita que “é aconselhável” escolhermos uma área específica dentro da reparação. .. pergunto, sem associar paixão ou remuneração ou mesmo subjetividade. .. qual melhor “escola” dentro da eletrônica, área da informática, celulares, sons e amplificadores, TVs, etc…enfim de toda essa Gama..poderia através da vossa experiência dizer qual seria melhor, com mais conteúdo, mais complexidade. .. E se pudesse hierarquizar de área pra área “menos difícil” até o topo? Talvez essa informação não só me ajudasse como a muitos que querem aprender e/ou se especializar. Ainda mais que estou engatinhando e cometendo o mesmo erro do Sr de consertar por tentativa e erro mas buscando antes saber como funciona….

    • Paulo Brites

      Obrigado Wallace pela participação. São questionamentos interessantes que você faz e não cabe uma resposta direta, mas vale a pena se escrever sobre o tema Vou pensar no assunto e breve publico.

  6. Aparecido pereira

    Não sei quase nada de eletronica , caro professor , mas se DEUS quiser vou fazer este curso e espero que com a sua ajuda e sabedoria , somados a minha vontade e dedicação certamente irei pelo menos consertar alguns radinhos de pilha. Quase no final do mes de outubro eu havia me inscrito no tal curso, só faltava imprimir o boleto e fazer o pagamento , mas acabei me perdendo e não se completou a inscrição , mas hoje vou dar enfase a isto e deixar tudo certinho para poder acompanhar aos demais inscritos que acredito já estão usufruindo do CURSO. ATÉ.

    • Paulo Brites

      Olá Aparecido
      Tudo na vida tem começar com o primeiro passo Quando você nasceu não sabia andar nem falar e hoje está aqui me escrevendo.
      Não entendi bem o que você quer. O projeto Clube Aprenda Eletrônica com Paulo Brites tem as três primeiras aulas Módulo Grátis. Você clica no link que está no topo da página e faz sua inscrição e já pode começar assistir as aulas.
      Depois vem a área paga que ainda não está no ar e deve sair até sexta feira. Paga 19,90 por mês e recebe 4 aulas por mês. Quem se inscrever4 na área VIP poderá adquirir um COMBO com três e-books com 50% de desconto (depois eu mando o link).
      Então vai lá agora e se inscreve no Clube (grátis)

      • Aparecido Pereira

        Prof. Paulo, estou aguardando o LINK , se não deu nenhuma zebra , já me inscrevi .

        • Paulo Brites

          Ok, Aproveitei as aulas

  7. Cláudio Dias

    Grande Paulo Brites, fui aluno seu do curso de video K7 (a long , long time), e o que tenho a declarar, é que o Paulo tem esta característica, de fazermos pensadores, pessoas que reflitam, já que vivemos em tempos que nos fazem pessoas tão massacradas levadas ao béu prazer das “Vossa Excelências e doutores políticos” , precisamos aprender a ruminar o conhecimento, e isto posso dizer que o professor irá nos ensinar. Parabéns mestre pela nova iniciativa, tenho 25 anos de estrada dentro da eletrônica, mas mesmo assim, estarei fazendo o curso junto com todos aqueles que querem e desejam aprender eletrônica.

    • Paulo Brites

      Olá Cláudio Será um prazer ter você no Clube.

  8. jecildo da costa

    Tenho acompanhado seus escritos desde a revista Antena, e me adaptei bastante coma a maneira singela de ensino adotada naqueles livros, além, é claro, do excelente conteúdo. Aguardo ansioso qualquer novidade e desejo-lhe sorte em tudo, grande abraço!

    • Paulo Brites

      Obrigado Jecildo pelo retorno

  9. Jorge José.

    Que boa coincidência pois em 1972 ,eu fiz o meu primeiro curso de rádio pelo mesmo instituto . por correspondência. (EAD ) depois comprei o livro aprenda rádio do Cabrera lembra disso?

    • Paulo Brites

      Que legal. Isidro Cabrera era o “cara” naqueles tempos

  10. Marcelo Bait

    Poder participar dos teus ensinos e absorver suas matérias é algo muito dificil de se encontrar atualmente nos meios tecnicos/reparaçoes. Pois oque vemos é muitos e muitos nos Yotubes da vida querendo ensinar alguma coisa e se intitulando como professores e instrutores ( jamais tirando o mérito de quem realmente é , oque sao poucos ) ,mas sem condiçoes de manter a responsabilidade e peso do que é este nome ( Professor) !

    • Paulo Brites

      A maioria das pessoas é imediatista quer resolver o seu problema de qualquer jeito e não está a fim de aprender de verdade. Vê-se isto em todo lugar, o caixa do banco que não sabe como resolver e fica perguntando ao colega do lado, a caixa do supermercado e por ai vai. Todo mundo querendo moleza e se dar bem de qualquer jeito.

  11. Samuel siqueira

    Sobre reparo de amplificadores, gostaria de aprender mais

    • Paulo Brites

      Está nos meus planos escrever alguns artigos sobre o assunto, Só está faltando chegar o dia de 48 horas que eu encomendei kkkkk Aguarde

  12. Caro professor Paulo Brites, Parabéns pelo Post . Acredito que as informações aqui expostas, farão os iniciantes em em Eletrônica a pensar e definir de uma vez por todas a sua carreira profissional.Se decidir em abraça-la , agarre com afinco e acredite em você mesmo. Sucesso, Professor Arilson Bastos

    • Paulo Brites

      Caro Arilson Obrigado pelo apoio corroborando meus pensamentos

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