Ressuscitando o multímetro Hioki AS-100D

Antes de tratar efetivamente do assunto deste post, que é sobre uma destas joias raras da eletrônica e cobiçada pelos reparadores, quero dar aos meus leitores uma justificativa sobre o meu “sumiço” com relação a matérias como esta com foco na reparação que é um dos objetivos do blog.

Aqueles que me acompanham sabem que lancei um projeto, que eu considero audacioso, que é o Clube Aprenda Eletrônica com Paulo Brites.

Se você está “chegando” agora na confraria e não sabe do que se trata (e quer saber) CLIQUE AQUI.

Voltando ao projeto Clube Aprenda Eletrônica com Paulo Brites digo que ele é audacioso porque foge aos padrões tradicionais do que vemos por ai nos cursos, sejam eles presenciais ou a distância, e nele eu pretendo mesclar eletricidade, eletrônica e matemática sempre com um olhar na teoria, que considero fundamental, mas se menosprezar a prática.

E não se assuste quando eu falo em matemática porque não será aquela do “x e y” que tentaram lhe ensinar e, na maioria das vezes, você nunca soube para que serviria “aquilo”. Falo da matemática com o olhar da aplicação prática no mundo real.

A primeira fase que era de estruturação já está concluída e o projeto já está no ar, agora vai ficar um pouco mais fácil (assim espero) e sobrará um tempinho para alimentar o blog bem como continuar escrevendo meus e-books e aqui vai um segredinho, dois títulos já estão em andamento. Um que trata da “temida” eletrônica digital e outro sobre leitura de esquemas eletrônicos (atendendo a pedidos).

Esclarecimentos feitos sobre o “sumiço”, vamos ao “causo” do dia:

Ressuscitando o Hioki AS-100D.

Um amigo ganhou este multímetro analógico “du bão” de um técnico que aos 80 anos resolveu pendurar as chuteiras, ou melhor, os multímetros e afins. Tão jovem e desistindo da profissão apaixonante. Eu nem penso nisso, mas deixa pra lá.

Há algum tempo atrás o bichinho tinha levado uma queda e ficou um pouco tonto, ora lendo, ora prendendo o ponteiro o que levou o “jovem” técnico aposentá-lo (o multímetro) por tempo de serviço, antes que a reforma da previdência viesse!

O “sobrevivente” da queda chegou as minhas mãos sem a fatídica bateria de 22,5V bem como as duas pilhas médias de 1,5V. Até ai nada demais. Não precisaria delas para fazer o diagnóstico do enfermo.

O painel de acrílico apresentava uma rachadura bem como a caixa de baquelita, mas que não prejudicava em nada a leitura nem o funcionamento do instrumento.

Começando pela avaliação visual interna e as primeiras medições

Como sempre deve ser nos casos de reparação, seja lá do que for, o primeiro passo deve ser uma boa inspeção visual que neste caso, eu diria que até ali tinha sido animadora, pois não aparentava que resistores tivessem sofrido agressões contundentes e mostrassem sérios “hematomas”.

Multímetro HIOKI AS 100D

Passei então a etapa de fazer algumas medições de tensão DC e notei que realmente ao se aproximar do final da escala (à direita) o ponteiro ameaçava prender, mas voltava a funcionar com um pequeno toque com o dedo (peteleco) sobre o painel.

Pelo menos uma segunda notícia boa eu já tinha: – a bobina do galvanômetro estava inteira.

Em princípio, parecia que o que levava o ponteiro a ficar preso seria algum empeno ocorrido com a queda.

Removi a capa de acrílico que protege o display e inspecionei cuidadosamente sem descobrir o mistério, mas ainda não havia me dado por vencido.

Um instrumento como este não pode ser abandonado tão facilmente é temos que ir até as últimas consequências para ressuscitá-lo.

Deixei-o de lado por uns tempos, porque nestas horas eu uso uma técnica de deixar o cérebro trabalhando “nas horas vagas” e quem sabe, até enquanto dormimos.

Ontem, depois que já havia avançado bem nas aulas do Clube e estava menos estressado retomei a empreitada e não foi necessário mais que alguns minutos para descobrir o mistério: – o famoso “fio solto” como dizem os leigos e neste caso era isso mesmo.

A figura abaixo mostra onde estava o problema.

“Fio solto” na bobina móvel

Um dos fios que vai ligado a bobina móvel estava apenas encostado e por algum motivo mecânico quando a dita cuja se movia levando junto o ponteiro ele travava o movimento da mesma além de provocar uma leitura instável por razões óbvias – mal contato…

Bastava um leve peteleco no painel para voltar a funcionar.

Cuidadosamente com mãos de neurocirurgião eletrônico soldei o “fio solto” no seu devido lugar e estava salvo mais um “grande” Hioki AS 100D.

Eu digo “grande” porque dentro da categoria destes multímetros ele possui um galvanômetro de 9 microampères de fundo de escala o que é de dar água na boca a qualquer analógico “moderno”.

Mas ainda não acabou

Feliz da vida por ter “ressuscitado” este instrumento maravilhoso era hora de resolver definitivamente o problema da famigerada (e cara) bateria de 22,5V.

Eu já tratei deste assunto aqui no blog em janeiro de 2015 apresentando um projeto para fazer um conversor DC-DC que “transformava” uma tensão de 9V (bateria) em 22,5V, entretanto dois anos se passaram e de lá pra cá muita coisa mudou.

Placa conversor DC DC Up converter

Desisti de montar a plaquinha porque agora podemos encontrar “uma chinesa” por qualquer 5 “meréis” no Mercado Livre e foi isso que eu fiz.

Outra mudança foi deixar de usar a bateria de 9V que por sinal andam bem carinhas e com pouca qualidade.

Um instrumento destes não vai ser mais transportado na maleta do técnico como nos “velhos tempos”. Ele agora é um instrumento de bancada para “situações especiais”, então porque não usar uma pequena fonte chaveada de 5 ou 9V externamente?

Como ficou a adaptação final

Comecemos dando uma olhada no esquema do multímetro para entender como funciona a bateria de 22,5V.

Esquema do HIOKI AS 100D

Observe que a bateria de 22,5V fica em série com duas pilhas médias de 1,5V.

Quando a chave seletora é colocada na posição 100K temos uma tensão total de 25,5V e aí que entra o diferencial destes multímetros permitindo medir resistência da ordem de 100 mega ohms.

Nas demais posições da chave a bateria de 22,5V fica “fora” e apenas as duas pilhas, formando uma tensão de 3V, entram em serviço.

O que eu fiz foi simplesmente soldar os dois fios da saída do conversor nos terminais onde estaria a bateria mantendo as duas pilhas de 1,5V que são relativamente baratas e terão uma durabilidade muito grande.

Conversor DC DC instalado no luga da bateria de 22,5V

A seguir fiz um pequeno furo no gabinete para introduzir o plug da fonte externa e “caso encerrado”.

Montagem final do conversor DC DC no HIOKI AS 100D

Meu amigo vai ficar feliz da vida como uma raridade destas em sua bancada e eu mais ainda pelo prazer de “ressuscitar os motos”!

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Paulo Brites

Técnico em eletrônica formado em 1968 pela Escola Técnica de Ciências Eletrônicas, professor de matemática formado pela UFF/CEDERJ com especialização em física. Atualmente aposentado atuando como técnico free lance em restauração de aparelhos antigos, escrevendo e-books e artigos técnicos e dando aula particular de matemática e física.

Website: http://paulobrites.com.br

76 Comentários

  1. Amigo Paulo Brites, eu gostei muito dos seus cometarios, estou vivendo igual a situação que você relatou. Ao receber desse grande amigo em vida, no passado foi meu orientar na eletrônica, recebendo partes da bacada dele, olha quem acampanhou a doação, O SUPER AS-100D, estou resolvendo alguns problemas, ele ira retornar a bancada com HONRA de vitorioso.

    • Olá Elias, torço para que tenha êxito.
      Ás vezes, dá um desanimo, demora a resolver mas, no final a gente consegue.
      Abraços

  2. joao mendes

    tenho 2 multimetros AS 100D com galvanometro aberto sabe onde pode consertar ou comprar um

    • Caro João,
      Acho difícil atualmente encontra alguém que faça isso. Eu, pelo menos, não conheço mais ninguém. Quanto a compra é garimpar no ML e no OLX, quem sabe dá sorte de achar um funcionando

    • Marlon

      João você tem interesse em vender eles?

  3. JOÃO BATISTA NOBRE

    GRANDE PAULO BRITO! BOA TARDE GOSTO MUITO DO SEUS ARTIGOS E DESENVOLVIMENTO SOBRE ESSSES MULTIMETROS DA HIOKI TENHO UM TB E POR FALTA DESSA BATERIA DE 22,5V TB TIVE QUE CRIAR UMA ENTRADA PARA LIGAR UMA FONTE POR FORA E FOI MUITO BOM PQ NÃO USAMOS CONSTEMENTE SO NA HORA QUE PRECISA LIGA-SE A FONTE EXTERNA E ESTÁ TESTANDO AS FUGAS OCULTAS , TENHO OUTROS TESTES , PORÉM O AS 100D ESTÁ PERFEITO ATÉ AGORA TENHO A MAIS DE 30 ANOS QUASE 40 ANOS ELE É O TESTE DOS TESTES. GRANDE ABRAÇO DO AMIGO. aposentado

    SOU : JOÃO BATISTA NOBRE DE: FORTALEZA CE 85 996948783

    • Obrigado pela sua participação aqui no blog.
      Grande abraço e até sempre!

  4. vinicio

    Bom dia pessoal. Tenho um HIOKI 3007 de estimação a mais de 40 anos. Alguem saberia me informar o fundo escala do seu galvanometro ?

    • Paulo Brites

      Muito próximo ou igual ao menor corrente que ele mede que é 30uA. Geralmente abaixo disto por que costuma ter um resistor em paralelo
      O esquema indica que nesta posição temos 120mV e aí dá para descobrir a resistência da Bobina móvel, usando a Lei de Ohm.
      A partir desta informação podemos montar um set up e descobrir o valor exato.
      Qualquer da deste vou escrever um post sobre isso.
      Se inscreva no meu canal no yputube que vou colocar um vídeo lá em breve
      https://www.youtube.com/c/Aprendaeletronicacompaulobrites

  5. Claudio Badaro

    Boa noite Paulo. Como você disse, ” Grande Hioki com galvanômetro de 9 microamperes “, eu descobri que esse Minipa ET-3021C e os equivalentes atuais, tem o galvanômetro em torno de 50 microamperes, é isso mesmo, está correto?
    Desde já te agradeço por sua atenção.

    • Paulo Brites

      Pois é, Claudio estes multímetros não são mais fabricados. Os digitais, embora com algumas restrições, tomaram o lugar deles.

  6. Claudio Badaro

    Boa noite Paulo. Sou seu aluno no Clube e portanto estou aprendendo. Podemos fazer essa adaptação em um multímetro Minipa ET-3021C? Desculpe a minha ignorância.

    • Paulo Brites

      Olá Claudio, o ET-3021 não utiliza bateria de 22,5V e sim 9V.
      Não vejo vantagem em usar um sistema com fonte externa.

    • Claudio

      Sim Paulo, eu tenho um. Eu pergunto se posso substituir essa bateria de 9V por 22,5V, ele ficaria mais sensível?

      • Paulo Brites

        Não, de jeito nenhum. Vai queimar a bobina do galvanômetro.

  7. CLAUDIO MARCONDES DIONESI

    CARO BRITES,ESTOU RESTAURANDO UM HIOKI AS-100D QUE ESQUECERAM AS PILHAS NO INTERIOR DO MESMO OCORRENDO CORROSÃO DE ALGUNS COMPONENTES BEM COMO FIOS DE INTERLIGAÇÃO.
    GRAÇAS AO ESQUEMA OBTIDO PELO SEU ARTIGO,PODEREI CONCLUIR O TRABALHO BEM COMO AGRADECER SUA INICIATIVA .
    UM ABRAÇO

    • Paulo Brites

      Muito obrigado pelo seu retorno e desejo exito na empreitada.

      • Mauricio Adriano

        Grande Prof. Paulo Brites, estou contente em lhe encontrar novamente !!
        Eu também possuo um AS100
        encostado e como sempre desejei recuoerá-lo li atentamente todos os comentários aqui postados. O meu Hioki está perfeito eletronicamente, mas padece de um defeito mecânico quase irrecuperável causado pela quebra de um dos pinos da petala plástica acoplada a chave seletora das escalas. Como você sabe, nos modelos AS100 taut-band mais novos, essa peça é diferente dos modelos anteriores em que era construida de metal. Nunca consegui uma solução para o reparo portanto aceito sugestões e ideias de todos. A tentariva de colar a parte quebrada não deu certo devido ao esforço mecânico realizado pela mola inferior. Tenho que concordar que essa modificação introduzida pelo fabricante Hioki nesses ultimos modelos produzidos foi um desastre, pois os anteriores eram muito mais robustos.. Alguma ideia ???
        Agradecimentos a todos pela troca de informações úteis !!

        • Paulo Brites

          Olá Mauricio, este é o lado bom da Internet que faz do mundo um grande Play Ground onde, a distância, podemos voltar a “brincar” novamente.
          Mas vamos ao multímetro. Manda umas fotos para mim em contato@paulobrites.com.br para eu ver se me surge uma ideia.
          (A modificação talvez faça parte da obsolescência programada.)

  8. HENRY YAMAJI

    Olá. Tenho um hioki 3000.3015, e do nada não consigo mais fazer leitura de tensão AC.
    Os ponteiros vão para a esquerda e param no batente. O que pode ser?

    • Paulo Brites

      Impossível responder sem ver e advinhação não é a “minha praia”.
      Só não entendi “os ponteiros” que eu saiba este intrumento só tem um ponteiro.
      Sugestão – Abra-o, inspecione, analise. Mas antes vc precisa saber como a medição de AC funciona nos analógicos.

      • Sandro vieira gomes

        Boa noite Sr Paulo, você faz manutenção nesses multimetro?

        • Paulo Brites

          Não lembro exatamente mas, creio que sim. Uma limpeza de chave oxidada que gerava instabilidade nas leituras.
          Lembro-me de ter instalado um módulo conversor DD-DC para substituir a bateria de 22,5V para um amigo.

  9. Bom dia Paulo. Tenho uma relíquia dessas que precisa de manutenção. Se puder me enviar o esquema que tem ficaria muito agradecido.
    Muito obrigado
    Flavio Bigliazzi

    • Paulo Brites

      Vou te enviar o que eu tenho. Vamos ver se ajuda

  10. Flávio Tadeu de Vasconcelos Pacheco

    Tenho um medidor HIOKI modelo: AS – 100D que estava a muito tempo sem uso,primeiro devido a que me aposentei e depois porque tenho usar do um digital.Hoje fui dar uma olhada e constatei que algumas resistências da seção oh ms desoldaram do ou dos terminais da chave seletora e para isso preciso do esquerda simbolico do mesmo.Além disso não Tenho mais a bateria de 22,5 voltas e nes as molas para as 2 pilhas médias,e neste cad8 vou colocar 3 volts cd e 24 volts de fontes externa,mais uma razão para ter o esquema.
    Gostei desse seu artigo sobre o multimetro e o amigo é muito habilidoso,pois fazer uma solda na bobina móvel e muito difícil.

    • Paulo Brites

      Olá Flávio
      Vou ver o que tennho aqui de esquema e te mando por e-mail. Entretanto, existem várias versões para o mesmo multímetro.
      Quanto a bateria não uso mais Aqui no site tem uns arigos mostrando como construir uma fonte. Dá uma olhada na listagem geral de artigos que vc encontra do lado esquerdo da página.

  11. Lúcio Guimarães de Oliveira

    Abraços prof Paulo Brites. vim matar minhas saudades lendo todos os comentários e essa sabedoria que Deus te deu. gostaria também de falar
    escrevendo sobre o meu multímetro que estar encostado precisando de um
    circuito integrado cuja a referencia é TL081, que na verdade por sorte tem de monte
    na net e barato. preciso de um, costumam vender de cinco ou dez quantidade. em
    torno de 25 a 30 reais. só faltou eu comentar que multímetro é esse…
    é um Engro modelo 584 de mil mega. obrigado pela oportunidade professor Paulo Brites.

    • Paulo Brites

      Olá Lúcio
      Realmente este um operacional bem comum e que pode ser encontrado em muitas sucadas de pre amplificadores.
      De qualquer maneira, vale a pena o investimento pra recuperar uma raridade destas.
      Obrigado pela participação.

  12. deudes

    Boa noite…Amigos!! alguém teria o esquema do HIOKI AS 100d TAUT BAND ??? Obrigado a todos!!

    • Paulo Brites

      Mandei para o seu e-amil um que tenho por aqui.
      Vamos ver se ajuda

      • Cristiano alves ferreira

        Ola bom dia a todos .adquirir um hioki as100d que quando coloco na escala de 100k o ponteiro esta deflexionando um pouco mesmo sem as ponteiras conectadas .alguem poderia me ajudar a solucionar este problema ???

        • Paulo Brites

          Não entendi bem.
          Vc quer dizer que no repouso o ponteiro não encosta no zero quando está nesta escala, é isso?
          Se for, provavelmente, o resistor que está em paralelo com o galvonometro nesta escala está alterado.
          Eu explico como funciona um multimetro analógico no capítulo 14 do meu e-book Eletronica para estudantes, hobistas e inventores.

  13. Clédison

    A resistência ôhmica do enrolamento da bobina móvel deste multímetro hioki AS-100D versão pivolt mancal é de 6.8k, já do modelo taut-band é de 5.8k, para saber se está alterada é só utilizar um multímetro digital auto-range ou um digital comum na escala de 20k (geralmente quando uma ou mais espiras entra em curto, este valor se altera, e como consequencia, o ponteiro deflexiona normalmente, porém mede errado em uma ou em várias escalas), para medir corretamente a resistência do enrolamento é necessário retirar um dos dois fios dos terminais do galvanômetro, e medí-lo à frio, ou seja, isolado do circuito de resistores.

    • Paulo Brites

      Obrigado por colocar estas informações aqui no blog que pode ser útil. Já peguei um instrumeto cuja deflexão estava ruim, mas era um problema mecânico ocorrido após uma queda.

  14. Alexandre Padilha

    OLá Professor! Quantos ohms mede a bobina movel?

    • Paulo Brites

      Olá Alexandre
      Cada instrumento apresenta um valor e eu não tenho esta informação aqui a mão. Certamente é um valor bem baixo uma vez que são poucas espiras de fio. A maneira que eu sugiro e uso para testar a bobina é “triscar” os tesrminais com um pilha de 1,5V e ver se há descolamento do ponteiro.
      Eu tenho intenção de escrever um artigo sobre algumas ideias de reparos destes instrumentos, mas o tempo anda curto com tantas atividades. As aula do Clube Aprenda eletrônica estão me consumindo muito tempo.

  15. Cristiano

    Prezado Professor Paulo, boa tarde! Gostaria de parabenizá-lo pelo excelente artigo e aproveitar para tirar uma dúvida.

    Comprei um HIOKI AS-100D em estado de novo, a impressão que dá é que nunca foi usado. Instalei somente as pilhas de 1,5v mas ainda não consegui a bateria de 22,5v, pretendo colocar duas de 12v em série pra resolver esse problema, porém percebi uma coisa interessante, ao medir tensões com ele sempre apresenta valores maiores que os normais. Exemplo: quando meço uma bateria de 9v e apresenta 10,1v. Não sei se isso se dá em função de ainda não ter colocado a bateria de 22v, o fato é que está com esse problema. O sr poderia me dá uma dica?

    Agradeço antecipadamente!

    • Paulo Brites

      Olá Cristiano
      Em primeiro lugar as pilhas/baterias só são utilizadas nas medidas de resistência, sendo que a de 22,5V apenas na escala mais alta.
      A opção de duas baterias de 12V funciona, eu mesmo já usei, hoje não uso mais. Prefiro a solução do conversor.
      Quanto a medida da bateria é preciso comparar as medidas com outro instrumento e em diversas escalas para diversas tensões diferentes.
      Baterias novas costumam apresentar uma tensão maior que 9V.
      Apenas com uma medida não se pode dizer nada.

  16. Marco Pontes

    Bom dia prof Paulo.
    Fui justamente presenteado com um Hioki AS 100D hoje e não via a hora de chegar em casa e ver este seu post.
    Infelizmente nem posso informar, ainda, se funciona.
    A inspeção visual, trouxe boas impressões, pois não há sinais de queda, nem o baquelite quebrado.
    Retirando a tampa tb não há visualmente, qualquer indício de maus tratos.
    Não fiz ainda qq tentativa de medição.
    Seria muito bem vinda qq ajuda no sentido de avaliar e talvez ressucitar a joia rara.

    • Paulo Brites

      Maravilha Primeiro passo é começar fazendo medições e ver o que acontece.

      • Marco Pontes

        Bom dia prof . Paulo !
        As notícias não são muito animadoras.
        Ainda sem as pilhas, e com o fusível verificado, nenhuma leitura é feita.
        Fiquei sem saber por onde prosseguir.
        Alguma sugestão ?

        • Paulo Brites

          Pegue uma pilha de 1,5V e dê uma “triscada” com ela diretamente nos dois parafusos de contato do galvanômetro e observe se o ponteiro se mexe. Se for para o lado esquerdo inverta a posição dos terminais da pilha. Se o ponteiro ficar “quietinho” é uma forte indicação que a bobina móvel “pediu as contas”. Como a esperança é última que morre, ainda temos a chance de algum “fio solto”, etc, etc. Aí tem que desmontar tudo e fazer umas preces para o seu santo de devoção e ver se ele ajuda.
          Boa sorte, talvez precise de muita.

          • Marco Pontes

            Obrigado Prof. Paulo !
            Farei como sugeriu !
            Vamos torcer ?

          • Marco Pontes

            Olá prof. Paulo. Fiz o teste que o Sr. sugeriu. Uma pilha de 1,5v nos contatos da bobina e graças aos bons santos, ela está viva.
            Porém não consigo fazer qualquer medição com ele.
            Pergunta de principiante, para fazer medições de AC e DC, preciso colocar as pilhas médias ?
            Obrigado !

            • Paulo Brites

              Olá Marco
              Se você ler com atenção alguns artigos que já escrevi sobre multímetros analogicos verá que as pilhas/baterias só tem função na escala ôhmica.
              Nas escalas de tensão e corrente não precisa das pilhas.

              • Marco Pontes

                Prof. Paulo em primeiro lugar agradeço sua atençao e ajuda.
                Imaginei que não precisasse das pilhas para o teste de DC e AC. Mas, nunca custa perguntar.
                O objetivo de restaurar este multimetro é mais saudosista que qualquer outro.
                Vi que o Sr. fez o reparo de um multimetro do mesmo modelo, o que deu origem a este post.
                Imagino o quanto esteja ocupado com a implantação da nova plataforma do curso. Mas, caso tenha interesse e disponibilidade, poderia fazer o serviço de verificação e reparo neste multimetro ?
                Se for possível ficaria muito grato.
                Abraços,
                Marco Pontes

                • Paulo Brites

                  Respondi por e-mail

            • Leandro correa

              Boa noite Professor eu adquirir um multimetro desta e tem dos resistores shunt enrolado de fio na foto o Senhor sabe me dizer os valores dos mesmos ,olhando a foto da esquerda para direita quais são os valores ,para que eu posso reparar o que eu adquirir desde já agradeço, pela consideração Leandro Corrêa um admirador dos seus posts um forte abraço!!!!

              • Paulo Brites

                Vamos lá Leandro, a primeira coisa que um técnico precisa é ser um bom observador.
                Você não disse o que não está funcionando no multímetro mas eu suponho que sejam as escalas de corrente considerando que estes resistores sçao de fio e portanto, de baixa resistência e alta wattagem
                Se for mesmo a escala de corrente, olhando o esquema que está no artigo você vai encontrar um 0,055 para 12A e outro de 2,15 para 300mA.
                Estou tentando adivinhar uma vez que você não disse qual o defeito.
                O mais é seguir o esquema anexo. Entretanto, nem sem sempre o esquema e seus valores batem com o aparelho que você tem porque naquela as coisas eram feitas quase de forma artesanal e um aparelho podia sair um pouco diferente do outro.
                Espero ter ajudado.

  17. Marcos Vieira

    Bom dia professor, o seu livro “Osciloscópio sem traumas” também é vendido pelo Mercado Livre? Eu tenho interesse. Abraço.

    • Paulo Brites

      Olá Marcos
      O livro é e-book (PDF) e só é vendido pelo Hotmart
      Uma vez efetuada a compra e comprovado o pagamento você recebe o link para baixar
      Se quiser pode imprimir.

  18. Livio Cardoso

    Bom dia, professor!!! Esclareça uma dúvida!!! Os multímetros VOM são analógicos ou não? Ou por causa de sua alta impedância de entrada acabam por trabalharem como os digitais??? Dá pra se medir fugas de diodos ou transistores com um VOM???

    • Paulo Brites

      Olá Livio
      A sigla VOM significa Volt – Ohm – Miliampere Ela começou a ser usada pelos americanos que adoram siglas.
      Um digital também é um VOM apesar se hoje eles medirem outras grandezas
      No meu e-book de eletrônica há uma explicação sobre isso e no site tem alguns artigos medida de fugas
      A medida de fuga não tem nada a ver com a alta impedância.

  19. Clédison Macedo

    Excelente matéria, parabéns professor! sou um grande admirador de multímetros antigos, pesquiso tudo que posso a respeito de multímetros hioki, e principalmente o AS-100D, encontrei este post e não poderia deixar passar em branco, tive que comentar; devo ter uns 11 hioki AS-100D, 4 praticamente novos, porém 7 com defeito na deflexão do ponteiro ou com a bobina do galvanômetro aberta… gostaria muito que fosse somente um “fio solto”, mas tudo bem, afinal ainda tenho 4 em perfeito estado. Este aparelho considero uma obra prima da instrumentação analógica, 100.000 ohms por volt com bobina de 9 uA no galvanômetro e alcance de 200 megohms, é algo espetacular, mostrador grande, bonito, robusto, preciso, suave e infinitamente superior a qualquer analógico atual, respeitando os multimetros Simpson que ainda são fabricados nos EUA com precisão e qualidade, mas não com a mesma sensibilidade e alcance; quem possui não quer vender, e quem vende acaba se arrependendo, quem conseguir comprar um, adquiriu uma pedra preciosa!

    • Carlos Martins

      Boa tarde tenho um há mais de 30 anos e ainda hoje para medir fugas nos transistores não há melhor. é uma raridade e uma mais valia para quem os tem e estima . Um abraço

      • Paulo Brites

        Os digitais tem suas vantagens,não há como negar, pois podemos ver valores de tensão e resistências com bastante exatidão

        Entretanto, há momentos com este de avaliar melhor transistores só um analógico destes.

  20. Tielson

    Tenho 2 Hiroki AS100D ,substitui a bateria de 22.5V por 2 de 12V de controle remoto em serie funcionou bem ,creio que os colegas que tiverem dificuldade na aquisição da bateria original poderá tentar esse recurso.

    • Paulo Brites

      Oi Tielson
      Já usei este recurso, mas desisti Baterias sempre nos deixam na mão na hora que mais prefisamos Hoje não vale mais a pena, mas não deixa de ser uma opção

  21. PAULO

    Boa tarde! Observei que o multímetro da fotografia possui resistor de fio (de cobre?). Necessito refazer resistores de baixo valor e grande potência do HIOKI AS100D que adquiri recentemente, poderia me ajudar? Desde já, agradeço.

    • Paulo Brites

      Paulo (xará) para mim é sempre um prazer poder ajudar, mas há muito (muito mesmo) que não trabalho mais com essas coisas e muitas sucatas que eu tinha se perderam pela vida. Por outro lado pra fazer estes resistores com precisão teria que ter um BOM instrumento para medir.
      Me diz quais os valores que você precisa e ver o que consigo.

      • PAULO

        Obrigado pela atenção. Paulo Brites, trata-se de resistores 2,5 e 8,8 OHMS da escala de corrente, que precisão ser de potência. Com relação ao resistor da escala ohmica, facilmente consigo substitui-lo com aquisição de resistor do mesmo valor e com precisão de 1% comprando pela internet. Então, pesquisando na internet com objetivo de localizar alternativa para citados resistores da escala de corrente, localizei tabela de fio esmaltado com valores de resistência (ohms/metro) de acordo com a bitola e, ainda, verifiquei na imagem do circuito do multímetro HIOKI AS100d, postada aqui, um resistor, aparentemente, refeito, ou melhor, recondicionado, num suporte de porcelana, usando-se fio de cobre esmaltado. Na sua opinião seria viável, reconstruir os resistores de 2,5 e 8,8 OHMS, usando fio esmaltado, levando em consideração a relação de ohms/metro? Originalmente tais resistores são feitos de quais materiais? Seria níquel-cromo? Novamente Paulo (xará), obrigado pela atenção.

        • Paulo Brites

          Você levantou uma questão interessante e andei pesquisando um pouco sobre o assunto afinal por que tantos materiais diferentes? Descobri que exitem algumas questões sobre coeficiente de temperatura, por exemplo, que precisam ser consideradas dependendo do caso. Vou aprofundar minhas pesquisas vira um post.

          • PAULO

            Muito obrigado professor !!

      • PAULO

        Boa tarde ! Retirei do circuito os resistores de 2r15 e 99r do HIOKI AS100d, respectivamente carbonizado e aberto. Ao desmontá-los verifiquei que são de material semelhante no níquel, mas possuindo um revestimento, isolante, igual aos de fio de cobre esmaltado. No momento estou avaliando se tento refazê-los com fio (cobre?) ou substitui-los com resistores comerciais. Desde já, agradeço pela atenção.

        • Paulo Brites

          Eu tenho por aqui alguma coisa sobre isto, mas não tive tempo de procurar. O resistor de 99R vai ser difícil de fazer com fio de cobre

  22. Caro prof Paulo Brites, fiquei feliz ao rever o Multímetro HIOKI. Lembro mito bem que eu quando lecionava a disciplina Medidas Elétricas na Universidade Gama Filho, desenvolvi projetos a partir deste instrumento analógico para o curso de Engenharia Eletrônica.. Parabéns pelo Post. Sucesso , prof Arillson Bastos

    • Paulo Brites

      Estas raridades não são mais fabricadas porque parece que as pessoas se iludem com os digitais que têm os seus méritos, sem dúvida, mas em certos momentos nada substitui um analógico.Infelizmente a fabricação de bons analógicos é cara e ninguém está querendo pagar o preço. Tempos modernos.

  23. CHARLES JOSÉ DE OLIVEIRA

    MUITO BOM TRABALHO,PARABÉNS.

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