Ressuscitando o Multímetro Hioki AS 100D – Parte 2

Este um post rapidinho enviado pelo Papai Noel diretamente da Lapônia dando continuidade ao post Ressuscitando o multímetro Hioki AS 100D.

Na “cartinha” de um leitor aqui do blog ele dizia que o Papai Noel o deixaria muito feliz se explicasse como retirar o painel do multímetro Hioki AS 100D.

Como o bom velhinho não deixa ninguém sem presente, aqui vão as duas fotos que ele mandou e assim todos ficarão felizes.

Removendo o painel do Hioki AS 100D – Fig.1

Ao remover os quatro parafusos indicados pelas setas na figura acima o painel desce. Cuidado.

Removendo o painel do Hioki AS 100D Fig.2

Pronto, agora com o painel na mão é só retirar os dois micro parafusos que se vê na figura acima.

Por hoje é só.

Ho!Ho!Ho! Feliz Natal a todos

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Paulo Brites

Técnico em eletrônica formado em 1968 pela Escola Técnica de Ciências Eletrônicas, professor de matemática formado pela UFF/CEDERJ com especialização em física. Atualmente aposentado atuando como técnico free lance em restauração de aparelhos antigos, escrevendo e-books e artigos técnicos e dando aula particular de matemática e física.

Website: http://paulobrites.com.br

26 Comentários

  1. João Roberto Gabbardo

    Prezado colega prof. Paulo, parabéns pelas matérias sobre o multímetro Hioki As 100-D. Eu ganhei um de presente da viúva de um grande amigo e colega professor e que era também um técnico em eletrônica de mão cheia. Quando vi as características do instrumento, em especial a sensibilidade dele, vi que tinha uma preciosidade em mãos. O único porém de poder usar o instrumento era a bateria de 22,5V, sendo que havia uma na caixa porém com a tensão mais baixa que a nominal, indicando que já está um tanto gasta. Mas graças a sua ideia de usar um elevador de tensão, esse é um problema resolvido, novamente parabéns pela sacada! O multímetro foi “mexido” pelo meu falecido amigo, de cara se vê que ele fez uma nova conexão entre o resistor R5 e o -COM do aparelho, aliás ele por alguma razão não soldou o fio no -COM, desencapou a extremidade, passou solda e enrolou em um fio de cobre grosso que tem conexão ao -COM e o borne DC12A. Porém o mais esquisito é um resistor de 82k, com um terminal soldado no + do bobina móvel, e o outro terminal com restos de solda, indicando que deveria estar soldado no – do bobina móvel. Efetuei algumas medidas de tensão e resistência com o resistor desconectado os valores medidos apresentam um erro. Quando encostei o terminal do resistor, houve correção nos valores medidos. Ou seja, o resistor foi claramente adicionado para efetuar uma compensação no galvanômetro. Qual ´o seu “diagnostico” sobre esse correção, que efetivamente modifica a impedância do bobina móvel?

    Atenciosamente,

    João Roberto Gabbardo

    • Caro Gabbardo
      Apesar da sua descrição detalhada da alteração do seu falecido amigo eu não entendi bem e terei que abrir o meu instrumento para tentar descobrir.
      Manda fotos/desenhos desta modificação para o e-mail contato@paulobrites.com.br
      Em princípio parece-me que tinha algum problema que ele não descobriu e fez uma gambiarra para tentar resolver. O motivo ele levou para o túmulo.
      Sempre defendo que as modificações que, por alguma razão, tivermos que fazer deixemos uma anotação dentro do aparelho para quem vier depois reparar o dito cujo.
      Todos nós vamos morrer um dia e caixão não tem gavetas nem HD.

  2. Antonio Correa

    Olá Prof. Paulo.
    Sempre compro livos de voce já a mais de 10 anos quando me interessei por eletrônica, hoje já naõ trabalho mais com eletrônica, migrei para o turismo, mas recentemente eu comprei um Hioki 3009 e um Nishizawa 3010. O que eu reparei que no Hioki AS 100D e o AF 105 existe entre as duas pontas que vão para o galvanômetro dois diodos e um capacitor em paralelo e já nos dois que citei não existe esses componentes. Voce saberia me explicar qual seria a função desses componentes?

    • Paulo Brites

      Olá Antonio
      Estes diodos ligados em antiparalelo junto com o capacitor servem de proteção da bobona móvel.
      Se o valor máximo de tensão permitido sobre a bobina ou a polaridade for invertida um deles conduz e absorve a sobre tensão junto com o capacitor que funciona como filtro. Não é qualquer diodo, precisam ser escolhidos “a dedo” por causa da barreira de potencial. Eles não eram colocados nos multímetros mais antigos (ou mais baratos kkkk) porque ainda não existiam diodos comercias.
      Eles funcionam como PROTEÇÃO, seriam os sprinklers para evitar que o hospital pegue fogo, mas quem se preocupa com isso?
      Voltando aos multímetros, sinceramente, não sei se conseguiria comprar os diodos corretos para corrigir o problema que neste caso não é tão crítico assim. Apenas um “preju” se der uma bobeada.

  3. Alexandre Padilha

    Oi professor! Fiz teste, está aberta. Mas o fio esmaltado perece intacto, a não ser que tenha aberto e ficado com o verniz intacto. Voce sabe qual a bitola de fio que vai na bobina? Estou pensando seriamente em refazer. Desde já, te agradeço pela atenção dada a mim. Notei que você está sempre disposto a ajudar e dar atenção a todos, parabéns, você faz a diferença!

    • Paulo Brites

      Sim sempre tento ajudar. Não sei a bitola mas é beeeem fininho. Eu não consigo mais fazer isso. Dá pra descobrir a bitola o probelma e achar para comprar.
      Eu estou com um galvanometro que a bobina não está aberta, mas não consigo soldar um fio no cotoquinho que sobrou. A vista não ajuda mais

      • Alexandre Padilha

        este galvanometro é do hioki? interessa vender?

  4. Alexandre

    Olá professor Paulo Brites. Possuo um AS100D, em perfeito estado, tem até o isopor original. “Em algum lugar no passado”, alguém fez a proeza de medir tensão usando a escala ohmica, há um resistor estourado na placa. Com lente de aumento, examinei a bobina, há continuidade até as molas, parece que a bobina se entregou. Você sabe de alguém que conserta ? Abraço!

    • Paulo Brites

      Não conheço mais ninguém que faça isso. Teste a bobina primeiro antes de se desesperar.

  5. Clédison Macedo

    muito bom! considero que desmontar o painel de um hioki As-100D é como fazer um transplante de coração: ou dá certo ou estraga tudo e já era! só desmonto pra retirar algum “corpo estranho” que esteja impedindo o correto deslocamento do ponteiro, limpeza da tampa de acrílico ou mesmo um “fio solto” , mas nunca, jamais sequer pensar na idéia de “ajustar os pequenos parafusos dos eixos dos pivolt-mancais, pois isso pode danificar a deflexão do ponteiro, inutilizando um excelente multímetro. os eixos eram calibrados corretamente na fábrica e, sem bem conservado e usado corretamente, não há necessidade de “ajustar”, geralmente, quando se faz isso, danifica o aparelho, a deflexão do pontero fica ruim, agarra am algum lugar ao longo da escala, empena um dos eixos da bobina móvel, entorta a mola espiral, é uma tragédia! se usado corretamente, sem deixar cair no chão, o galvanômetro funciona perfeito por muito anos! digo isso pois tenho aqui hioki AS-100D datando de 1969 funcionando 100% e nunca abri o painel pra retocar ou “ajustar” os parafusos dos eixos, só abro pra limpeza da tampa mesmo. este aparelho é uma obra prima da eletrônica, parabéns Professor!

    • Paulo Brites

      Muito obrigado pelos comentários Uma vez um instrutor da HP me disse que eu era um “analogic technician” porque começava a pesquisa de uma falha medindo as tensões das fontes, isto é claro, depois da inspeção visual Sigo a regra Holmes. Realmente eu sou um analogic man e adoro instrumentos de “ponteiro”. Ajustar parafusos me lembra o tempo dos VCRs que os “técnicos” mexiam nos postes de transporte da fita para corrigir a imagem e aí… já era.
      Volte sempre trazendo contribuições valiosas como estas.

    • Livio Cardoso

      Tenho um HIOKI AS-100D e gostaria muito de descobrir o ano de fabricação dêle! Isso é possível??? Tenho o manual original dele mas nan vi nenhuma referência de data nêle!!! Obrigado por sua atenção!!!

      • Paulo Brites

        Sinceramente não sei como descobrir, mas vou ficar de olho.

        • Livio Cardoso

          Professor, muita gente adquiri um VOM pra testar fugas de transistores e diodos, por causa de sua alta impedância acima de 1 M. Em se comparando com um HIOKI AD-100D, qual a sua opinião? Outros falam que um VOM é um multimetro digital de ponteiro!!! Gostaria muito de sua opinião à respeito para desmistificar este assunto!!! Obrigado por sua costumeira atenção!!!

          • Paulo Brites

            OLá Lívio
            Sua pergunta é interessante e até me instiga a escrever um assunto sobre o tema. A tal a impedância está por trás de uma outra questão que a possibilidade de medir correntes baixas. Você já leu meu artigo “Medidas das correntes de fuga em transistores bipolares”? Como eu disse vou esclarecer melhor sua dúvida brevemente num artigo.

          • José Luiz Valentim da Silva ME

            Pessoal alguém me venderia uma cópia do esquema do as100? Só que existe varias versões desse mesmo modelo tem que ver se serve.

            • Paulo Brites

              Jose Luiz

              Vou te mandar por e-mail o que eu tenho aqui Veja se ajuda

  6. Wladyslaw Jan Szkruc

    Feliz Natal !

    • Paulo Brites

      Valeu Wladyslaw, para você e os seus um boa noite de Natal

  7. Caro amigo Brites, gostei muito deste artigo, pois me lembra as aulas que ministrava na Universidade Gama Filho e veiga de Almeida , exatamente sobre medidas Elétricas e apresentava este diagrama para os alunos discutirem os seus circuitos internos.Valeu prof, Brites.

    • Paulo Brites

      Essas coisas estão fazendo falta por isso estou trabalhando num livro sobre leitura de esquemas que parece ser uma grande dificuldade para os iniciantes.

  8. Jack Fider

    Muito bom, sempre leio seus posts e aprendo muito com eles, por favor, nunca pare !!!

    • Paulo Brites

      Valeu Jack, com leitores em incentivando não dá pra parar.

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